quinta-feira, 2 de junho de 2011

Oficial da PM do RIO exonerado por visitas a Falcon


Conselho Superior da PM decide afastar coronel até o fim da investigação sobre idas de policiais à cela de sargento preso

POR VANIA CUNHA
Rio - O coronel Marco Alexandre Santos de Almeida foi exonerado do cargo de chefe do 5º Comando de Policiamento de Área (CPA). A decisão foi tomada ontem no Conselho Superior de Comando, que optou pelo afastamento até que seja encerrada a apuração sobre a visita do oficial ao sargento Marcos Vieira de Souza, o Falcon, que está preso no Batalhão de Choque. Segunda-feira, O DIA revelou que o acusado recebeu na carceragem 162 visitas em três semanas — na lista, integrantes de quase todas as forças de segurança.
Preso, Falcon recebeu 162 visitas em três semanas na carceragem | Foto: André Luiz Mello / Agência O Dia
“O coronel permanecerá sem função até a PM apurar todas as circunstâncias sobre a visita e conclua se existe ou não violação da conduta ética, já que não houve violação de regra disciplinar”, explicou o comandante-geral da PM, coronel Mário Sérgio Duarte.
Ainda de acordo com o comandante da PM, somente após o fim da apuração, o coronel Marco Alexandre poderá retomar outra função. A apuração interna da corporação vai ouvir as justificativas de outros militares que estão na lista de visitas de Falcon.
A lista inclui, entre outros visitantes, o delegado da Polícia Federal, Victor César Carvalho dos Santos, e o vice-presidente do Tribunal de Contas do Município, José de Moraes Correia Neto. Victor disse que visitou o sargento para “ouvir dele explicações sobre a prisão, já que Falcon colaborou em investigações”. Já Moraes afirmou que “fez visita humanitária e de gratidão”, porque o sargento ajudou na investigação do sequestro de seus filhos.
Armas e munição no carro
Marcos Falcon foi preso no dia 14 de abril quando levava o miliciano Paulo Ferreira Júnior, o Paulinho do Gás, para se apresentar à Draco. Em revista a sua Pajero blindada, agentes da Corregedoria da Polícia Civil encontraram pistolas, 590 cápsulas e R$ 33 mil. Falcon é acusado de ligações com a milícia de Madureira e Oswaldo Cruz e foi lançado diretor de Carnaval da Portela. Ele está no Batalhão de Choque desde o dia 15 de abril.

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